quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Compro o que é nosso ou compro o que é bom?


Parece-me que a ideia base por detrás desta associação é boa. Acontece que, na minha opinião, o resultado é mau!
Para o consumidor, o importante é comprar o que é bom. Comprar o que é nosso faz sentido, se for bom. E, a fórmula encontrada para promover o consumo de produtos portugueses não pode ser comprar porque é português. Deverá ser, isso sim, comprar o que é bom e comprar português é bom!
Mas quais os parâmetros para definirmos o que é bom?
A qualidade do produto? O preço? A relação entre a qualidade e o preço? A imagem? A marca? O gosto pessoal?
E depois, o que estamos a comprar é mesmo português? Se a matéria-prima for comprada lá fora para transformar cá dentro poderemos dizer que é português?
Uma empresa que se associe à associação "Compro o que é nosso" não deveria comprar matéria-prima portuguesa? Ou a cadeia só começa em quem transforma?
Este caminho terá alguma coisa a ver com o facto de nós, pobres coitados que não temos melhor argumento nem capacidade de competir com o que vem de fora, precisarmos como último argumento, de apelar ao coração?
Os produtos portugueses têm que se impôr por si. Argumentos para isso não nos faltam. Já demos provas evidentes de sermos capazes de fazer do melhor que há no mundo. Mas também aqui entre nós, que ninguém nos ouve, também conseguimos, muitas vezer, mostrar o contrário!
No sector primário, principalmente na agricultura, quando queremos, quando tratamos as coisas de forma profissional, sabemos fazer bem. Muito bem. Do melhor.
O que não percebemos e continuamos a não querer perceber, é que as pessoas até estão dispostas a pagar, desde que as consigamos surpreender/convencer.
Não podemos ter um produto de excelente qualidade numa má embalagem.
Não podemos vender qualidade se não comunicarmos essa qualidade. O consumidor, antes de consumidor é comprador e, no momento em que vai efectivar essa compra precisa de ser surpreendido/convencido. Precisa que o produto lhe seja vendido.
E isso só é possível se os produtores apostarem numa gestão de marketing e vendas profissional.
Diz o ditado que "de médico e louco todos temos um pouco". Acrescento que de marketing e vendas também todos sabemos um pouco. Mas será suficiente?
Porque é que as grandes empresas investem forte nestas àreas?
Não é aceitável que um produtor invista tudo na produção e depois não lhe sobre nada para a promoção. Quando fizeram os planos de investimento esqueceram-se que iriam ter que vender o produto?
Então só resta mesmo apelar ao coração e às divindades...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A colheita histórica



Casillero del Diablo 2007 - A colheita histórica!
Foi esta a campanha que durante todo o ano de 2008 a Casa Concha y Toro, do Chile, utilizou para promover a sua marca global de vinhos - Casillero Del Diablo.
Uma fantástica campanha de comunicação que chegou a passar na CNN em horário nobre.
Em Portugal poucas empresas de vinhos se podem dar ao luxo de fazer campanhas de TV em horário nobre - considerando que o horário nobre se extende para lá das 22h, horário a partir do qual se pode comunicar bebidas alcólicas. Muito menos na CNN.
Para quem não sabe, Concha y Toro é a 3ª marca de vinhos mais importante do mundo. À sua frente estão a Hardy's (nº2) e a Gallo (nº1).

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Distribuição nacional, regional ou directa?

Um dos problemas com o qual os produtores de vinhos se deparam é com a distribuição.
Se numa primeira fase dos seus projectos, a preocupação prende-se com a vinha - o que plantar ou como plantar - e numa segunda fase com a Adega onde vai produzir os seus vinhos - como dimensioná-la e projectá-la - quando tudo já passou e o vinho se prepara para ir para a garrafa, levanta-te a questão: "como vou fazer chegar o meu vinho ao mercado"?
Existem diversas opções.
Mediante o perfil do produtor, a dimensão actual e futura, o projecto de negócios que montou e a sua vontade - que é muitas vezes o que prevalece e, desculpar-me-á quem pensa assim, prevalece mal - deverá ser seguida uma estratégia condizente com a real dimensão do projecto.
Aliás, bom seria que o distribuidor tivesse uma palavra a dizer muito antes do vinho sair para o mercado, dando inputs sobre as tendências do mercado (pelo menos do mercado que o distribuidor conhece) e sobre o perfil de vinho que mais lhe se adequa ao seu portefólio e ao dos seus clientes.
Em suma, o maior erro do produtor é só pensar na distribuição no fim, quando já está tudo feito, esquecendo-se que o vinho não é feito para si, mas para quem o irá beber no futuro, nem vai ser vendido no mercado por si.
O papel da distribuição não é só um papel logístico. E o papel comercial não é só vender. É também interpretar a filosofia e a essência do produtor, e transportar a mensagem até ao mercado.

sábado, 19 de setembro de 2009

O que fazer no fim-de-semana?





Decorre, desde ontem e até Domingo, no Palácio da Bolsa, emblemático edifício da cidade do Porto, mais uma edição da Essência do Gourmet.
Este ano, a organização decidiu realizar a Essência do Vinho e a Essência do Gourmet em datas separadas. A Essência do Vinho decorreu no passado mês de Fevereiro, enquanto que a Essência do Gourmet está a decorrer durante este fim-de-semana.
Nesta Essência do Gourmet, os visitantes poderão contactar com fabricantes, produtores e distribuidores dos melhores produtos gourmet, mas não só! Também se encontram presentes alguns produtores de vinho que, apesar da separação dos dois eventos, decidiram, ainda assim, associar-se a este evento gourmet.
Quem aproveitar para visitar o evento terá ainda a oportunidade de contactar com alguns dos mais conceituados chefs nacionais, como Augusto Gemelli, Vitor Sobral ou Luís Américo.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O que falta no mercado de vinhos? Apoio comercial!

Muitos perguntarão: «quem é e porque nasce a b2B?»






Eu respondo-vos: é por isto!

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